A INTRODUÇÃO DAS SERIES DO GRAND PRIX DA FIRA traz consigo profundas alterações não apenas nas alterações na forma em que o campeonato da Europa passa a ser organizado, e nas equipas que nele participam, mas também nas consequências que as classificações obtidas pelas equipas terão no futuro das mesmas.

Foi ontem publicado o boletim informativo da FIRA que trás mais alguns esclarecimentos sobre o que se irá passar, apesar de ainda não nos dar a informação completa.

Você pode ver o boletim da FIRA aqui, mas vamos tentar esclarecer alguns dos pontos mais importantes, começando pela organização da competição.

O novo sistema foi idealizado para que a FIRA tenha uma base para servir de qualificativa para os Jogos Olímpicos de 2016:
The new system will be rolled out during the qualifications for the Olympic Games.
Mas esta afirmação não é suficientemente esclarecida no boletim da FIRA, e fica uma dúvida: Será a qualificação para os Jogos Olímpicos concretizada já este ano - como a afirmação indica - ou será apenas mais tarde, mais próximo do evento?
Não tem qualquer lógica promover o apuramento para 2016, mesmo antes de estarem realizados os Jogos de 2012, apesar de ser isso exactamente que o texto diz:
O novo sistema será lançado durante as qualificações para os Jogos Olímpicos.
Ora estando o novo sistema a ser lançado em 2011, fica no ar uma incompreensível contradição, e a dúvida mantém-se em relação ao Mundial de Sevens de 2013, já que ficamos a saber que os representantes da Europa sairão do Grand Prix, mas também se depreende do texto que esse apuramento será em 2011.
All stages of the Seven's Grand Prix Series ...will act as qualifiers for the 2013 World Cup and the 2016 Olympic Games.
E ficamos também a saber que para o Mundial, a Europa apura cinco equipas.
For the Sevens World Cup the IRB will delegate responsibility for the qualification of five countries to FIRA-AER.


Quanto aos locais de realização dos torneios integrados no Grand Prix, Efforts are currently being focused on securing host towns, o que explica que ainda não seja conhecido o calendário definitivo oficial, apesar das informações que publicámos sobre datas e a realização de um dos torneios em Moscovo parecerem ser seguras.
Tenho esperança que a FPR tenha apresentado a sua candidatura à realização de um desses torneios, dando substancia a uma afirmação do seu presidente de que estamos muito interessados em organizar uma etapa do circuito mundial de sevens.
Não seria do circuito mundial, seria do circuito europeu, mas atendendo às novas consequências do mesmo, a sua importância seria enorme.
A propósito, e porque estamos numa fase decisiva para atribuição de novas sedes para os torneios do circuito da IRB, com a confirmação de Wellington e as dúvidas sobre George a serem do domínio publico, seria interessante que a nossa Federação nos dissesse o que fez para conseguir a atribuição de uma etapa a Portugal.
Mesmo que o nosso principal foco se deva concentrar no Grand Prix!
Uma etapa do Grand Prix em Portugal seria uma extraordinária ação de divulgação, e daria aos Linces o apoio e carinho que eles não sentem desde 2003, quando se jogou em Lisboa um dos Qualificativos para o Europeu desse ano, e que Portugal venceu derrotando a Itália na meia final e a França na final.

Outra informação importante diz respeito à divulgação do circuito, e nesse sentido, Negotiations with Eurosport are underway to secure sponsors. Any revenue generated will be shared between FIRA-AER and the participating countries o que é uma notícia importante não apenas pela visibilidade que trará ao evento, como pelo reforço das bolsas das federações participantes.
Este reforço não virá apenas das receitas diretas da Eurosport, mas também da enorme e transnacional visibilidade que a presença em toda a Europa trará para os patrocinadores das principais equipas.
E Portugal é, sem sombra de dúvidas uma das principais equipas - podendo assim vir a captar verbas que provem de uma vez que os sevens são um contribuinte ativo para os cofres da FPR e também nesse aspeto devem ser considerados e respeitados, e nenhuma verba gasta na sua adequada preparação pode ser recusada.

Finalmente, e conforme dissemos no artigo anterior sobre esta questão, a prova será disputada no sistema de Circuito (Séries) por 12 equipas, mas o critério de escolha não ficou bem esclarecido:
Tournament format : 12 teams of 12 players according to the IRB's statistics
Ou seja, é atribuída às estatísticas da IRB a responsabilidade de definição das equipas que participarão deste evento, mas a verdade é que a única estatística conhecida nesta área, é o ranking do ano passado, onde apenas constam três equipas europeias - Inglaterra, País de Gales e Escócia.
Então e as outras nove?
A menos que a IRB tire algum coelho da cartola e nos presenteie com um ranking especialmente preparado para o efeito, a única tabela credível existente é a do atual ranking do Campeonato da Europa.
De qualquer forma Portugal estará sempre entre as 12 melhores, até porque seria impensável que a campeã em título, e sete vezes vencedora em nove edições da prova, por um passe de mágica, deixasse de fazer parte do lote das escolhidas!

Voltaremos a estes assuntos conforma haja novidades.

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