JÁ ESTÁ EM HONG KONG A EQUIPA PORTUGUESA QUE TEM ESTADO EM PREPARAÇÃO para as difíceis jornadas que se avizinham.

Hong Kong é apenas o primeiro passo de uma caminhada que passa por Londres, Escócia e nos leva aos quatro torneios do Grand Prix da FIRA - o nosso Campeonato da Europa.

Partiu envolta em alguma polémica a comitiva portuguesa, que vai chefiada pelo Presidente da FPR, Amado da Silva, acompanhado pelo Diretor Técnico Tomaz Morais, com Pedro Netto como treinador e o fisio José carlos Rodrigues.

Estranhamente esta delegação não leva o habitual manager em mais uma prova da total ignorância de quais as funções que lhe cabem, e que numa prova desta natureza podem acabar por ser decisivas, mas com a presença do Presidente e do Diretor de Rugby talvez seja uma boa ocasião para se discutirem com a IRB eventuais condições para a realização de um torneio das Séries em Portugal - doutra maneira custa a entender que a cúpula do nosso rugby esteja de viagem numa altura em que por cá tanta coisa deveria estar a ser feita, e nós acreditamos que Amado da Silva nos traga uma surpresa da China, e não estou a falar de fogos de artifício!


Quanto à constituição da equipa também houve uma enorme surpresa, já que não podendo Sérgio Franco acompanhar a equipa por lesão, se deveria ter recorrido a um dos jogadores de reserva para o efeito, mas tal não aconteceu.

A escolha recaiu sobre um estudante do ISMAI, que por acaso agora joga em França - Joseph Gardener.

Não estando em causa a sua qualidade como jogador, não se pode deixar de estranhar a escolha de última hora, ainda por cima sem que fosse dada nenhuma explicação em tempo aos quatro jogadores que constituíam a tal lista de reserva.

Não sei o que esses jogadores pensam da situação, mas obviamente que se trata de uma má gestão do plantel e que pode provocar situações desnecessárias e gravosas para os interesses em jogo.

Parece que estamos a regressar à época dos tiros no pé...


Aqui fica a constituição da equipa:
Recorde-se que os quatro jogadores de reserva eram João Lino, Luis Sousa, Manuel Costa e António Aguilar, e se por qualquer motivo obscuro não se quisesse optar pelo experiente Aguilar, que é um dos jogadores portugueses mais capazes, versáteis e conhecedores de Sevens que existem em Portugal - e mesmo na Europa - então bem se podia ter optado por um dos outros mais jovens mas que prometem muito ainda vir a dar à nossa seleção olímpica.

A propósito de Jogos Olímpicos, ficámos estupefactos com o valor do apoio concedido pelo Comité Olímpico de Portugal ao Projecto Esperanças Olímpicas elaborado pela FPR, pois quando por esse mundo fora os respectivos Comités já estão a investir em força - casos do Brasil, EUA, Espanha, Rússia, entre outros - em Portugal cortaram-se as pernas ao Projecto e foi dada a esmola de menos de 25.000 euros, ou seja, cerca de 10% do valor orçamentado.

Também aqui parece que as pessoas não fazem ideia do que se passa com os sevens e quais são as reais possibilidades de Portugal em conseguir um excelente resultado nos Jogos.

São, e ainda continuam a ser, mas a prosseguirem os tiros nos pés - agora com a ajuda do Comité Olímpico - em breve deixaremos de ter, e depois não faltará quem venha dizer que o jogador português não presta, que os nossos técnicos são uns azelhas, e que os sevens são uma menoridade.


Mas a verdade é que menoridade demonstram aqueles que aos poucos vão por motivos exclusivamente pessoais, que nada têm de objectivo e andam na contramão do que se passa pelo mundo, reduzindo as possibilidades e a credibilidade da nossa equipa nacional, sete vezes campeã da Europa na última década.

A propósito de treinadores azelhas olhem bem para o que diz a IRB sobre o nosso Tomaz Morais, e vejam lá como nos esquecemos depressa do que de bom por cá temos:

in Morais they possess one of the finest Rugby Directors and Sevens coaches in Europe
(para ver a notícia completa basta seguir o link)


No entanto convém não pretender que ele faça tudo, pois como está o gajo não aguenta...


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